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quinta-feira, 14 de abril de 2011

As Umbandas



Falam em tantas Umbandas.

Branca, esotérica, popular, traçada, de nação, omolocô, umbandolé, candomblé de caboclo, evangelizada, kardequizada, iniciática e outras mais.

O que é Umbanda então?

Se forem tantas, porque cada qual teima em dizer que somente a sua, aquela que ele pratica, é a verdadeira?

Origens, respondem todos em uníssono!
Esta seria a solução para os problemas!


E qual a origem da Umbanda verdadeira?


Lá vamos nós novamente viajar por inúmeras teses. Negros Africanos, Sumérios, Atlântida, Astros, Planetas diversos, Seres extraterrenos, Anjos celestiais, etc…

Mas será que isso tudo é importante?

Por que temos que precisar ou determinar qual das Umbandas é a mais ou a unicamente correta?

Quem sabe não são mesmo várias Umbandas, totalmente diferentes umas das outras.
Ou, ainda por outro lado, quem sabe ela é somente uma mesmo, apenas com várias ramificações!

Se formos olhar bem a fundo cada uma das diversificações de nomes ou qualificações das diversas Umbandas, veremos que em todas elas manifestam-se entidades espirituais semelhantes, tais como os Caboclos, Pretos Velhos, Exus,Crianças, além de Zé Pelintras, Ciganos, etc…

Uma religião que prima pela Caridade, Humildade e Amor, não poderia se dividir tanto entre seus filhos.
Discutem se o Caboclo pode ou não pode usar cocar, se o Preto-Velho pode ou não pode usar chapéu, se Exu é guardião ou apenas mensageiro e deixa-se muitas vezes de perceber e até mesmo de cobrarem-se a si próprios se a caridade que estão praticando ou intermediando é real.
Será mesmo que as entidades se preocupam com estas diferenciações?

Não! As entidades espirituais são seres de luz; são, apesar de ainda imperfeitos na evolução espiritual, conhecedores da visão mais iluminada da caridade. Eles não se preocupam com as roupas que a eles queremos impor. Para eles o que importa é o amor, a união, a elevação.

Irmãos! Que divisão nada!

A Umbanda é única! Ela é perfeita!

Tão perfeita que se adapta a tantas interpretações.
Tão linda e majestosa, que aos olhos de cada um mostra a luz da maneira que possa ser percebida.
E suas origens são mesmo polêmicas, mas não traduzem os maiores ideais da religião: caridade, humildade e amor.
Que se busquem historicamente as origens, mas não contaminemos nossa prática religiosa com nossas próprias imperfeições, com nossos próprios preconceitos, com nossos próprios interesses pessoais.

Ao invés de subdesenvolvido, que tal tradicional?

Ao invés de cultos exagerados, que tal criteriosos?

Ao invés de discussão, que tal aceitação?

Não seremos menores se Africanistas, ou maiores se Iniciáticos!
Mais capazes, se optarmos por fundamentos de nação ou menos capazes, se seguirmos os ensinamentos à luz Kardequiana!
Seremos sim maiores ou menores, se levarmos em consideração a caridade que conseguirmos praticar!
Muitos se mostram prontos para uma verdadeira luta na intenção de resgatar a verdadeira Umbanda, outros pretendem livrá-la de influências negativas de outras religiões.
Vamos fazer mais que isso!
Vamos praticar a nossa Umbanda, aquela que nos toca ao coração com sentimentos de amor e caridade.
Vamos mostrar esse amor a todos os nossos irmãos.
E aí quem sabe, teremos uma Umbanda única e seremos verdadeiros Umbandistas.


(autor desconhecido - Retirado do Correio da Umbanda)

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