AVISO IMPORTANTE:

* Nossa casa fica em Porto Alegre (RS), Av. 21 de Abril, 1385, Vila Elizabeth, Bairro Sarandi. * Dia 4/3/23 não haverá Gira (trabalho externo) * Dia 11/3/23 voltamos ao horário normal das Giras de Pretos Velhos, aos sábados, 15h

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ciganos, Povo das Estrelas! Optchá!

  “O céu é o meu teto, a terra é minha pátria
            e a liberdade é  minha religião”

Por não existir uma história escrita, a origem dos povos ciganos é baseada em hipóteses, e a mais aceita é que são provenientes da India Antiga, com base em certos fatores, tais como: similaridades da língua falada por eles, o “romani”, com o sânscrito, tez escura, uso de vestes coloridas com adornos, certos costumes, crenças e alguns dados genéticos.

Esse nomadismo foi um modo de preservarem suas tradições, visto que, se criassem raízes e se miscigenassem, o povo cigano seria destruído. Assim, êles não têm pátria. Pertencem ao mundo. Seu lema é: “O céu é o meu teto; a terra é a minha pátria e a liberdade é a minha religião”..
São chamados “povos das estrelas” porque para eles tudo está escrito nas  estrelas, sendo atentos observadores do céu e dos astros.

Estudando os astros e possuindo dom para desvendar os milenares segredos do universo, transmitidos de geração em geração, tornaram-se hábeis nas artes adivinhatórias.

Justamente pela prática da magia, pelo seu nomadismo e  pela falta de uma identidade nacional, sempre sofreram preconceitos e injustiças no seu caminhar, tendo sido perseguidos, expulsos, escravizados e mortos, podendo-se mesmo  dizer que o mais admirável nesse seu deslocamento pelo mundo foi o fato de  terem sobrevivido até os nossos dias.


Os grupos de ciganos, formados por diversas famílias, possuem um profundo sentido de união
e solidariedade.
Escolhem um chefe vitalício que os representa junto a uma espécie de tribunal, o “krisromani”, reunido em  ocasiões especiais para, dentro de suas próprias leis de ética e justiça, resolver os problemas e aplicar as punições.


Os ciganos casam-se cedo, sendo as meninas prometidas desde pequenas entre famílias geralmente do mesmo grupo ou subgrupo.
Uma mulher cigana não pode casar-se com um homem não cigano, sob pena de expulsão.
É possível, porém, o casamento de um cigano com uma mulher não cigana, desde que ela se submeta às regras e tradições ciganas.

As mulheres ciganas sempre fascinaram por sua beleza mística e perturbadora, pois nelas tudo é envolvente e ardente: seu andar, dançar, olhar e enfeitiçar.
Enquanto seus maridos , para o sustento da família, dedicam-se a antigas profissões artesanais, ensinadas desde cedo a seus filhos, elas também sempre contribuiram economicamente  com a leitura da sorte.
Usam saias compridas e rodadas, são proibidas de cortar os cabelos, as casadas usam lenços nas cabeças e jamais sentam à mesma mesa com os homens.


O povo cigano é cheio de energia e passionalidade, canta e dança tanto na alegria como na tristeza, pois para o cigano a vida é uma festa.

Nas suas celebrações em torno das fogueiras acesas e barracas multicoloridas montadas ao ar livre (mesmo no fundo dos quintais dos que atualmente residem em casas), não faltam as músicas, danças, orações, vinhos  e comidas.


A sua música e dança possui forte influência oriental,  porém a influência maior foi, sem dúvida, a espanhola, dando origem ao flamenco, canto e dança dos ciganos andaluzes, marcado pelo ritmo quente de palmas, batidas dos pés, gritos e toques de castanholas.
Atualmente o modo de vida cigano mudou consideravelmente, pois muitos moram em casas, frequentam universidades, ocupam importantes cargos, etc. Já não viajam em enfeitadas carroças puxadas por cavalos, mas sim em modernos automóveis. Como em todos os povos, alguns são ricos, outros pobres, uns instruídos, outros não, muitos de boa índole, outros nem tanto, porém todos, sem exceção, jamais perderão a sua alma cigana. 

Optchá!

(texto retirado de um power-point que recebi, sem menção ao autor)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Investimento Moral

Quem conhece Pai Joaquim, quem já sentou na frente dele para se queixar do chefe intransigente, ou do colega invejoso, ou ainda do filho que não o respeita, já ouviu dele, com certeza, entre outras máximas, a seguinte:

" Não faça aos outros, aquilo que não gostarias que fizessem a ti e, da mesma forma, trata os outros, da forma como gostarias de ser tratado. "

Lendo o texto a seguir, escrito pela Equipe de Redação do Momento Espírita (http://www.momento.com.br/pt/index.php), lembrei logo dele e achei que devia dividir com vocês.

Boa leitura e, mais do que isso, boa reflexão para colocar em prática:

" Você já pensou no que significa investir na moral?

Talvez tenha notado a grandiosidade daqueles que ficaram conhecidos na terra como agentes do bem, e tenha se achado impotente para essas grandes realizações.
No entanto, considerando que moral é a regra de bem proceder, entendemos que investir na moral pode ser mais fácil do que imaginamos, com gestos mínimos que, acumulados, resultam em grande soma.


Quando oferecemos nosso assento, no coletivo, a uma pessoa que precisa mais do que nós, estamos procedendo bem.

Quando não buzinamos e evitamos que algum enfermo ou uma criança que acaba de dormir acorde, agimos bem.

Um comentário maldoso que não levamos adiante, é bem proceder.

Um minuto de atenção a alguém que nos pede uma informação na rua, é pequena parcela de bem que estamos acumulando em nossa moralização.

Um pedaço de papel que ajuntamos na rua, fazendo com que nossa cidade fique mais limpa, é parcela de bem somada em nossa economia moral.

Quando economizamos papel higiênico, água, papel toalha, em banheiros de shoppings ou públicos, em restaurantes ou na empresa onde trabalhamos, estamos agindo no bem.

Se moral é a regra de bem proceder, sempre que procedemos bem, estamos agindo com moralidade.
E agir no bem quer dizer agir com imparcialidade, ou seja, o bem não seleciona, não discrimina, não premia, não faz concessões que o desfigurem.
As horas do dia são as mesmas para todos, mas o que cada um realiza com os minutos é que dá o tom de moralidade ou de imoralidade às ações.
Nós podemos escolher sempre o bem, mesmo nas pequenas atitudes. Isso, ao longo dos anos, nos permitirá acumular uma grande soma de valores que nos garantirá a paz de consciência.
Ao contrário, se optamos sempre pelo mal proceder, geralmente mais fácil, dando vazão ao egoísmo e ao orgulho, acumularemos imensa soma de desgostos e dissabores, tornando-nos uma pessoa amarga e infeliz.

Assim, cada instante de nossa vida é uma oportunidade de investir em nossa moralidade.
E para investir com proveito é necessário o devido esforço para orientar a nossa conduta pela razão.
Fazendo sempre uso da razão para nos conduzir as ações, teremos mais chance de lograr êxito na intenção de bem proceder.
E usar a razão com discernimento, é dar a mesma importância aos interesses de cada indivíduo que será envolvido por aquilo que fazemos.
Agindo assim seremos um agente moralizado, um agente do bem, mas um agente moral lúcido e não piegas que age mais por indução ou temor do que por convicção.
O exame sistemático de tudo o que fazemos, considerando de maneira imparcial os interesses de todos que serão afetados por nossas ações, e optando pela atitude que mais benefícios e menos prejuízos causem a todos, é ser um agente moral consciente.
Ouvir a razão, sempre, e examinar as implicações de nossas atitudes, é desejar uma sociedade melhor, mais justa e mais feliz. Ainda que isso signifique ter que rever algumas convicções prévias.
Saber a melhor maneira de viver é o grande desafio da atualidade.

Se consideramos que as mais notáveis diretrizes de bem viver, jamais superadas por quaisquer teorias, foram as do Sábio de todos os tempos, Jesus, então precisamos rever nossos conceitos.
Não fazer aos outros, o que não gostaríamos que os outros nos fizessem: eis a receita para quem deseja ser um agente moral lúcido.
Fazer aos outros, o que gostaríamos que os outros nos fizessem: eis a chave para ser um agente do bem.

Pensemos nisso! "

terça-feira, 24 de maio de 2011

Salve Santa Sara Kali, Padroeira Universal do Povo Cigano!


Imagem de nosso congá

Em 24 de maio é comemorado o dia de Santa Sara Kali.

Os ciganos são místicos por essência e trazem latente na alma a religiosidade e o amor pelas divindades e, dentro do seu mundo espiritual, mantém seu equilíbrio e harmonia cultuando Santa Sara Kali.

Uma das lendas nos conta que os inimigos de Jesus condenaram por diversas artimanhas as três Marias: Maria Madalena, Maria Jacobé (mãe do apóstolo Tiago Menor) e Maria Salomé (mãe de São João). Elas deveriam ser jogadas ao mar numa barca sem remos ou provisões, acompanhadas tão somente de uma das escravas de José de Arimatéia, Sara, a kali (que em sânscrito, quer dizer 'negra').
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e, entre os dias 24 e 25 de maio, aportou numa praia próxima a foz do Rio Petit-Rhône, onde hoje se encontra a igreja de Saintes-Maries-De-La-Mer (Santas Marias Vindas do Mar), um lugar de peregrinação e de culto para Santa Sara Kali, que foi quem converteu os ciganos para o Cristianismo. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Em Les-Saintes-Maries-de-la-Mèr, Sarah foi aos poucos ganhando fama de amiga e defensora dos ciganos da redondeza. Quando faleceu já corriam boatos sobre sua santidade.
Os ciganos a procuravam para que os abençoasse com saúde e prosperidade.
As mulheres pediam a graça de ter filhos.
Uma cigana tem na gravidez e na concepção o grande milagre de sua vida. Uma vida sem dar à luz é uma vida vazia, inútil, incompleta. Quanto mais filhos uma cigana der à luz, mais valorizada ela será pelo seu povo. Será também considerada uma pessoa com muita sorte. A maior praga rogada contra a mulher cigana é desejar que ela não tenha filhos. Grande ofensa é chamá-la de “dichúco” (ventre seco).
Com Sara nasceu a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).

Podemos notar que nesta lenda Santa Sarah Kali não era uma cigana de nascimento, mesmo assim ela é aclamada pelo Povo Cigano como Rainha dos Cigano, Protetora dos Ciganos e outros.
Embora conste sua canonização pela Igreja Católica, em 1712, a Pastoral dos Nômades (http://www.pastoraldosnomades.org.br/site) não confirma.


Imagem em Saintes-Maries-De-La-Mer
PRECE

Povo cigano
Povo errante, que vem do Oriente
Salve sua Força
Salve sua Luz
Povo que trilhou verdes penedos
Atravessou os cascalhos de rios cantantes
Coroados pela luz das fogueiras
Iluminados pela claridade do luar
Movidos pela antiga e mística Magia
Cuja sabedoria oculta
Traz a visão e os números
A arte de ler mãos e almas
Povo encantado
Povo marcado…….
Tens sob a alegria estes olhos tristes
Sob as vestes coloridas o coração dolorido
Quantos foram perseguidos e colocados sob grilhões…
Pois prender um cigano é decretar-lhes morte
Quanta superação, tanta riqueza de saber da alma humana
Ah, Povo cigano, com seu riso
Seu orgulho e altivez,
Elucida nossas mentes
Abra nossas almas
Desimpeça nossos atos
Livre-nos de todo o medo
Ensina-nos também
A dançar, cantar, viver de um amanhecer a outro
Dá-nos forças de cumprir nossos desígnios
Segue conosco nesta senda de incógnitas
Ajude-nos a desvendar estes mistérios
Resolver nossas próprias contendas
Termos fogo no olhar, vivacidade no sorriso
E Amor no coração
Salve Povo Cigano
Salve Sarah Khali!!!!!!!
OPTCHÁ!!!!!!!!
(autor desconhecido)




sexta-feira, 20 de maio de 2011

Passes: porque a arruda funciona!

Todos que já tomaram um passe com Preto Velho num terreiro de Umbanda, sabem que a maioria usa a arruda para descarregar os filhos, que sem saber exatamente como isto funciona, se beneficiam deste poderoso agente restaurador das energias.

Abaixo, vídeo de breve entrevista com o filósofo e pesquisador Alberto Cabral, explicando porque a arruda funciona. Vale à pena ver:

segunda-feira, 16 de maio de 2011

No Vale das Sombras

No Vale das Sombras ele caminha com desenvoltura.
Não teme, mas é temido.
Muitos dos que estão ali sequer conseguem vê-lo. Os que podem o evitam.
Sua presença naquele mundo inspira sentimentos ambíguos: esperança e medo.
Sim, algumas daquelas almas caídas nutrem uma esperança de serem salvas por Ele e sua falange.
Outras sabem que podem ser levadas cada vez mais para dentro do Vale.
Uma vez lá, o sofrimento será maior.
Neste mundo a escuridão impera.
Vez ou outra, "relâmpagos" cruzam o ambiente.
Não são relâmpagos comuns, pois não emitem a mesma luz.
Parecem quererem mostrar a silhueta dos que padecem nestas terras.

Ele não está ali para julgar aquelas pobres almas.
Também não pode se preocupar com seus dramas.
Sabe que se estão ali já foram julgadas.

Muitas eram pessoas importantes na vida terrena.
Detinham o poder, quer seja na política, na vida empresarial e mesmo nas diversas religiões.

Por isso mesmo eram agora seus "hóspedes".
Usaram do poder para prejudicar seus semelhantes, abusaram, exploraram, se locupletaram.
Achavam que estavam acima de todos...acima da lei.
Muitas foram enterradas com pompas e glórias.
Estavam mesmo acima da lei. Acima da lei dos homens, mas foram facilmente alcançadas pela Lei Maior.

Neste mundo em que se encontravam agora, dinheiro, poder, beleza, de nada lhes valeriam.
Choro, gritos, desespero, são a tônica por aqui.

Ele tem um trono naquele mundo.
Sua Falange lhe trás noticias sobre cada uma daquelas almas.
As que chegaram recentemente, as que estão ali há séculos.

Quando uma delas está pronta para partir para outros mundos, é Ele quem autoriza a entrada dos "da Luz".

Com alegria ele lhes entrega as almas liberadas.
Com tristeza acolhe as que chegam. E são tantas as que chegam e tão poucas as que se vão...

Na Terra ele também possui médiuns que o recebem com carinho e dedicação.
Uma vez incorporado atende a todos que lhe procuram.

Orienta médiuns e assistência da importância da prática  da caridade.

Mostra que todos devem ter fé e força para ultrapassarem os obstáculos.

Não fala sobre o Vale das Sombras abertamente, mas através de metáforas e de pontos cantados,
procurando assim mostrar a verdade.

Percebe com tristeza que algumas pessoas dizendo-se médiuns fortíssimos, procuram (orientados por kiumbas), ganhar a confiança das pessoas crédulas ingênuas, apenas para explorarem a fé.


Enganando-as e levando-as ao desespero e total desilusão para com a Umbanda.


Quando se depara com esses "médiuns" já sabe que logo terá novos hóspedes.
Mas ele carrega em si a chama do amor e da esperança.


É alegre quando está em terra.


Fuma e bebe e através deste ritual defuma e comunga de paz com os encarnados.
Inspira-lhes confiança.
Torna-se amigo, confidente, orientador...

A seu lado, no terreiro, outros Exus que dominam diversos reinos também cumprem a missão.


Quando voltam para o Vale após as sessões sentem-se mais felizes, pois sabem que graças a Eles e aos diversos Exus de Lei, muitos encarnados jamais passarão por ali. Pois estão amparados pela Lei Maior da qual é um fiel Executor.

 Alupo Exu!

(texto de Cássio Ribeiro)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 de Maio, Dia dos Pretos Velhos!

Sessão do Conselho de Estado em q a Princesa Isabel
assina a Lei Áurea
Não poderia ser em outra data, pois o 13 de Maio de 1888 entrou para a história do Brasil como o dia em que acabou, pelo menos oficialmente, a escravidão no Brasil.

A Princesa Isabel, cujas tradições de nobreza e bondade jamais serão esquecidas no coração do Brasil, viera ao mundo com a sua tarefa definida no trabalho abençoado da abolição.

Ismael, espírito tido como o anjo protetor Brasil, articula do Alto os elementos necessários à grande vitória.

O generoso imperador D.Pedro II é afastado do trono, nos primeiros meses de 1888, sob a influência dos mentores invisíveis da pátria, voltando a Regência à Princesa Isabel, que em 13 de maio do mesmo ano, cercada de entidades angélicas e misericordiosas, sanciona a Lei Áurea sem hesitar, com a nobre serenidade do seu coração de mulher.

Nosso amado Pai Joaquim, que viveu este período no Brasil porém voltou para a pátria espiritual antes da libertação dos escravos, contou sua história, que pode ser lida aqui mesmo no blog, no link de página http://casapaijoaquimdecambinda.blogspot.com/p/historia-de-pai-joaquim-de-cambinda.html

Saravá Pai Joaquim!

Saravá todos os Pretos Velhos!


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Povo do Oriente, Em busca da cura

Recebi via e-mail um vídeo muito interessante, "Em busca da cura" que, mais do que mostrar o trabalho que é feito no Núcleo Espírita Nosso Lar, em Santa Catarina, nos esclarece sobre como funciona o trabalho de tratamento e cura feito pelos benfeitores espirituais em benefício dos seres encarnados.

Muitos procuram auxilio espiritual em busca de um milagre, porém milagres não existem. Existe sim, o merecimento de cada um e a participação ativa no processo.

Vejam os vídeos, e saberão do que estou falando:

Parte 1

Parte 2

Nos dois links a seguir, podem assistir também as partes 3 e 4:




sexta-feira, 6 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães!



Oxum, Iemanjá, Iansã, as grandes Mães da Umbanda!

Que possam cobrir com seus mantos de amor a todas as Mães deste e de todos os planos.

Não existe amor que se compare ao amor de uma Mãe e é por isto que é através deste amor que os espíritos voltam ao plano material, rumo à evolução.

E é também através do amor de Mãe, que muitos espíritos que se encontram perdidos no astral, encontram e aceitam o caminho da Luz.

Sabemos que o Dia das Mães é uma data mais comercial que espiritual, porém cabe a cada um a responsabilidade de transformar este em um dia especial, não só através de presentes materiais, mas também presenteando com a alma e o coração.

Estejam nossas Mães onde estiverem, que possamos fazer chegar até elas a nossa gratidão, por ter nos dado a grande oportunidade de reencarnar através delas e o nosso amor incondicional, por tudo que passaram para que nos transformássemos em seres humanos melhores.

À todas e a minha, em especial, que já não está mais neste plano, mas que sei me visita com frequência, ofereço esta prece, para que as irradiações de luz nela contidas possam dar-lhes a força e a coragem tão necessárias para que possam bem cumprir suas missões:

AVE MARIA DAS MULHERES

Mãe,Aqui, agora e a sós
Quero lhe pedir por todas nós
Por aquelas que foram escolhidas
Para dar a vida
Mulheres de todas as espécies
De todos os credos, raças e nacionalidades
Todas aquelas nas quais a vida
Está envolvida em sorrisos, lágrimas, tristezas e felicidades
Aquelas que sofrem por filhos que geraram e perderam
As que trabalham o dia inteiro
Em casa ou em qualquer emprego
Quero pedir pelas mães
Que penam por seus filhos doentes
Quero pedir pelas meninas carentes
E pelas que ainda estão dentro de um ventre
Pelas adolescentes inexperientes
Pelas velhinhas esquecidas
em asilos
Sem
abrigo, sem família, carinho e amigos
Peço também pelas mulheres enfermas
Que em algum hospital aguardam pela sua hora fatal
Quero pedir pelas mulheres ricas
Aquelas que apesar da fortuna
Vivem aflitas e na amargura
Peço por almas femininas mesquinhas, pequenas e sozinhas
Por mulheres guerreiras a vida inteira
Pelas que não têm como dar à seus filhos o pão e a educação
Peço pelas mulheres deficientes
Pelas inconseqüentes
Rogo pelas condenadas, aquelas que vivem enclausuradas
Por todas que foram obrigadas a crescer antes do tempo
Que foram jogadas na lavoura
Ou em alguma cama devastadora
Rogo pelas que mendigando nas ruas
Sobrevivem apesar dessa tortura
Pelas revoltadas, as excluídas e as sexualmente reprimidas
Peço pela mulher dominadora e pela traidora
Peço por aquela que sucumbiu sonhos dentro de si
Por todas que eu já conheci
Peço por mulheres solitárias e pelas ordinárias
As mulheres de vida difícil e que fazem disso um ofício
E pelas que se tornaram voluntárias por serem solidárias
Rogo por aquelas que vivem acompanhadas
Embora tristes e amarguradas
E por todas que foram abandonadas
As que tiveram que continuar sozinhas
Sem um parceiro, um amigo, um ombro querido
Peço pelas amigas
Pelas companheiras
Pelas inimigas
Pelas irmãs e pelas freiras
Suplico por aquelas que perderam a fé
Que se distanciaram da esperança
Quero pedir por todas que clamam por vingança
E com isso se perdem em sua inútil andança
Rogo pelas que correm atrás de justiça
Que a boa vontade dos homens as assista
Peço pelas que lutam por causas perdidas
Pelas escritoras e as doutoras
Pelas artistas e professoras
Pelas governantes e pelas menos importantes
Suplico pelas fêmeas que são obrigadas a esconder seus rostos
E amputadas do prazer vivem no desgosto
Quero pedir também pelas ignorantes
E por todas que no momento estão gestantes
Por aquela mulher triste dentro do coração
Que vive com a alma mergulhada na solidão
Por aquela que busca um amor verdadeiro
Para se entregar de corpo inteiro
E peço pela que perdeu a emoção
Aquela que não tem mais paz dentro do coração
E rogo, imploro , por aquela que ama
E que não correspondida, vive uma vida sofrida
Aquela que perdeu o seu amor
E por isso, sua alma se fechou
Por todas que a droga destruiu
Por tantas que o vício denegriu
Suplico por aquela que foi traida
Por várias que são humilhadas
E pelas que foram contaminadas
Mãe, quero pedir por todas nós
Que somos o sorriso e a voz
Que temos o sentimento mais profundo
Porque fomos escolhidas tanto quanto você
Para gerar e apesar de qualquer coisa
Amar...
Independente de quem forem nossos filhos
Feios ou bonitos
Amáveis ou rebeldes
Perfeitos ou deficientes
Tristes ou contentes
Mãe, ajuda-nos a continuar nessa batalha
Nessa guerra diária
Nessa luta sem fim
Ajuda-nos a ser feliz como a gente sempre quis
Dai-nos coragem para continuar
Dai-nos saúde para ao menos tentar
Resignação para tudo aceitar
Dai-nos força para suportar nossas amarguras
E apesar de tudo continuarmos a ser sinônimo de ternura
Perdoa-nos por nossos erros
E por nossos insistentes apelos
Perdoa-nos também por nossas revoltas
Nossas lágrimas e nossas derrotas
E não nos deixe nunca mãe, perdermos a fé
E sempre que puder
Peça por nós ao Pai
E lembre-lhe que quando ele criou EVA
Não deixou com ela nenhum mapa de orientação
Nenhum manual com indicação
Nenhuma seta indicando o caminho correto
Nenhuma instrução de como viver
De como, a despeito de tudo vencer
E mesmo assim.....conseguimos aprender.

por Silvana Duboc

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Iansã, Senhora dos Ventos!

Existem dois Orixás na Umbanda que não possuem reinos específicos, mas atuam em todos, que são Ogum e Iansã, através de suas energias e funções.
 Iansã corresponde a nossa necessidade de mudança,deslocamentos, transformações materiais.  Seu elemento é o ar na sua forma mais revolta. Muito comum associá-la além das tempestades, também a qualquer tipo de evento climático.
 Encontramos a energia de Iansã manifestando-se nas matas de Oxóssi através da ação dos ventos e da chuva e da função transformadora desta grande Mãe. São caboclos e caboclas que possuem a especialidade, a qualidade de descarga rápida e transformadora.
Transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural.
Normalmente, Iansã sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida.
Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.
Tem como símbolos principais o raio e a espada. O raio é o símbolo da Justiça Divina atuando no plano físico. A espada é o instrumento da Lei, que zela, protege e ampara a todos. Em um nível mais profundo e romântico, o raio é a força que ilumina a trevas do ego, iluminando assim, toda nossa sombra psíquica e mostrando-nos o caminho verdadeiro para a auto-realização espiritual. A espada é o símbolo da luta pessoal, do melhoramento, da morte dos próprios vícios e viciações.

Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
 Sua saudação é o Eparrei! (entoado de forma vibrante), som que faz referência ao barulho das trovoadas, além de ser uma saudação a força dos raios e tempestades. É um poderoso mantra de defesa espiritual, que pode ser vibrado mentalmente dentro do chacra frontal em situações de assédios e demandas espirituais.

Iansã/Sta.Bárbara
Tem o seu dia comemorado em 4 de dezembro por ter sido sincretizada no Rio de Janeiro com Santa Bárbara, e o dia da semana é quarta-feira, porque o Planeta Mercúrio (planeta do intelecto) rege este dia.

Características dos seus filhos: Podem ser irrequietos, mudança de pensamento (jogo de cintura), facilidade de falar, de se comunicar, de interagir. Propensos à educação, à orientação, não se deixando prender por tarefas rotineiras e repetitivas. Precisam colocar em prática a sua garra e impetuosidade diante do novo, como as nuvens nos céus que mudam constantemente de formato, moldando-os aos ventos.
Eparrei, minha Mãe!
(fontes: livros Umbanda, Mitos e Realidades de Mãe Yassan e Umbanda Pé no Chão de Ramatis)