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terça-feira, 24 de março de 2015

Queimando lembranças do passado

                

Há pelo menos mais de um ano, estava em uma loja na Assis Brasil e olhando uns lenços de moedinhas, após uma segunda-feira de sessão dos Ciganos. Ao comprar o lenço rosa que minha cigana Zara usa hoje, eu simplesmente tive a certeza que precisaria de mais um lenço na cor preta. Achei super estranho o fato da cor mas, seguindo minha intuição, comprei o tal. Levei várias vezes ele junto comigo para o salão em busca de explicações e nada acontecia, nem uma palavra eu ouvia sobre o tal lenço. Achei que seria para alguma odalisca, mas ela não apareceu até agora. L O tempo passou, até desencanei de querer saber para quê o tal lenço. 
                Este mês, na sessão de ciganos que tivemos na segunda-feira, uma consulente procurou Zara com um pedido em especial, um pedido feito de coração. Dava pra sentir que era um pedido de algo sério, que estava mesmo afetando a vida que ela escolheu ter aqui nesta terra. A consulente pediu que Zara a ajudasse ela a esquecer um grande amor, pois ela optou viver a vida dela com outra pessoa. Após uma série de questionamentos quanto a certeza desta decisão e quanto as consequências da mesma, Zara iniciou a parte mais interessante: “o tratamento”.
                Zara então pediu para que a consulente anotasse em alguns papéis, durante uma semana, todos os momentos em que ela se lembrava do outro. Uma música que ela ouviu, uma palavra, um gesto que o atual marido fez (ou não fez), uma foto que ela viu, lembranças em geral que vierem na mente, etc... anotar em um papel todos os pensamentos que sejam relacionados às lembranças que ela não deseja mais ter, na medida do possível é claro (pois ela é casada). Assim feito, ela deverá trazer estes papeis na próxima segunda-feira para que o trabalho seja continuado.
                Nesta semana, sessão do oriente, aquele clima zem e eu Grazi como de praxe nessa linha sempre parcialmente incorporada, após atender 2 casos de saúde, senta-se uma moça na minha frente e me conta uma história que veio para um tratamento, que a Zara havia pedido para ela trazer uns papeis com umas anotações e ela foi me entregando os papeis e eu fui ficando totalmente desincorporada e suavemente Zara veio se aproximando para refrescar a minha mente sobre esse tal “tratamento”.
                Bom, vamos lá! E agora Zara, o que eu faço? – perguntei a ela.
                Aí aquela voz doce foi me dizendo: Peça à Dona Cândida, algo para que possamos queimar esses papeis. Se tiver algo como álcool seria melhor. Pegue também aquele lenço preto no seu armário. Vamos colocar ele junto com o “trabalho”. O lenço preto serve para quebrar demandas, inclusive de amor. (humm... aí comecei a gostar do esquema!) Pegue também o meu lenço da cabeça (nessa hora eu peguei um outro de flores, pois estava ansiosa.. e a voz me disse: não é esse né?! É o outro..rsrsrsrs) e peça também permissão à Zarthur (o espírito que dirige os trabalhos neste dia), para eu realizar o trabalho. Neste momento, eu apenas ouvia a Zara, ainda não incorporada.
             
   Após seguir todas essas ordens, com a permissão de Zarthur e com o lenço certo na cabeça, Zara incorporou leve e suavemente, se aproximou da consulente cumprimentando-a com o seu 'Optchá' e parabenizando pelo trabalho realizado na semana. Com os papeis posicionados dentro do recipiente que a Cândida providenciou, o lenço preto envolto no recipiente, começamos o que Zara chamou de a “queima das memórias”. Com a ajuda de um isqueiro fornecido pelo Pai José, queimamos os papeis. Assistimos as “danças das chamas” até se apagarem por completo. Quando restaram somente as cinzas, Zara disse que o trabalho continua e que ela pode seguir anotando e trazendo os papeis para ela sempre que julgar necessário. A consulente ficou emocionada e disse se sentir muito aliviada após esse momento, recebeu um passe e foi embora. O recipiente com as cinzas foi para o conga e ficou coberto com o lenço preto até o final da sessão, depois ele foi despachado e o lenço voltou para o meu armário.

                A moral da história é que depois de quase dois anos descobri porque comprei um lenço preto. Já estava achando que tinha oniomania (transtorno compulsivo por compras). Escrevi este texto por que essa foi a primeira vez que realizei um trabalho assim e usei muito da minha intuição do “deixa rolar” para que desse tudo certo. Esse tipo de experiência, quando acontece com algum médium, acho que não precisa esperar até uma reunião da corrente para compartilharmos , ou esperar que o dirigente do trabalho pergunte como foi para que alguém fale. 
No mundo material, já dispomos de diversos meios de comunicação para compartilharmos experiências de trabalho.
Por isso resolvi compartilhar com vocês.

Optchá!
Salve a Cigana Zara
Salve todo o Povo Cigano





Por Grazielle Suedekum de Sá
Médium da Casa

2 comentários:

  1. Foi emocionante realizar este trabalho!

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  2. Olá, muito interessante seu trabalho. Poderia me contar mais sobre a Cigana Zara, é também a minha. Obrigada

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