O médium
quando inicia suas descobertas sobre a espiritualidade, nem sempre compreende o
processo de reforma ao qual irá se submeter.
Geralmente é impulsionado pelo
fascínio diante do contato com o mundo espiritual, até então considerado como
algo sobrenatural.
Este
fascínio é comum à grande maioria, o que varia é o tempo em que ficaremos
apenas buscando informações sobre quem são as Entidades que nos acompanham,
quais trabalharão comigo, quem são meus Protetores e quais são as cores de suas
guias.
A oportunidade de conhecer esses Espíritos
que nos guiam nos enche o coração de esperança e entusiasmo, um misto de
curiosidade e felicidade. Poder incorporar uma Entidade respeitada e cultuada
por muitos, nos deixa orgulhosos de sermos esse intermediário entre os dois
mundos.
A empolgação
pode ser tanta que nos impede de refletirmos sobre a nossa real necessidade de
desenvolvimento mediúnico, tampouco nos darmos conta das mudanças intimas pelas
quais já estamos passando.
Todo
foco de atenção está direcionado em saber qual o tipo de mediunidade que
poderei com mais facilidade utilizar durante os trabalhos (clarividência, incorporação,
psicografia.....) Junte-se a isto, começar a receber nossos protetores e
ficamos por vezes perplexos, por vezes felizes com tantas descobertas.
Nada nesses
primeiros passos deve ser desconsiderado e/ou deixado para segundo plano, porém
não devemos nos preocupar somente com o que foi relatado anteriormente, precisamos
também nos permitir nos vermos como seres em desenvolvimento, e desta forma perceber
um pouco de reforma intima que está acontecendo.
Com certeza
o desenvolvimento mediúnico fará você assumir e habilitar o DOM com o qual foi
ungido, e uma das formas para facilitarmos essa primeira etapa de aprendizado e
evolução é dominarmos os medos e inseguranças, ansiedades e curiosidades, para
que possamos nos entregar confiantes às mudanças que acontecerão, guiadas pela
ESPIRITUALIDADE MAIOR.
Na caminhada
em busca da maioridade do espírito, tenhamos a certeza que neste inicio de
jornada se faz necessário alem dos conhecimentos de nossos Protetores,
reconhecermos que um dos maiores obstáculos pode ser nós mesmos, com todas as nossas
falhas, medos , anseios, conceitos e pré-conceitos, inerentes a todos os seres
humanos.
Que estejamos sempre atentos
aos nossos sentimentos, que estejamos sempre vigilantes aos nossos pensamentos,
para que dessa forma possamos lembrar de nossa condição de sermos seres em
busca de evolução, e através da mediunidade temos mais uma oportunidade.
Já é sabido
por todos que a Mediunidade é um mecanismo delicado e suscetível, e que deve
ser tratado com atenção, zelo e cuidado; controlar os nossos sentimentos, por
vezes parece tarefa tão árdua como convencermos um irmão desencarnado a seguir
um novo caminho.
Em alguns momentos parecemos perder as rédeas de nossos
sentimentos, por vezes amamos demais, por vezes amamos de menos; por vezes nos
preocupamos demais, por vezes nos preocupamos de menos; algumas oportunidades
nos fascinam demais outras de menos, e como controlar esse tipo de sentimento?
Como controlar essas sensações e mantermos o equilíbrio necessário para
realização de um bom trabalho e/ou um bom estudo e aprendizado.
Somos
intermediários do plano terrestre com o plano espiritual, sim! Mas isso não nos
coloca num patamar diferente dos demais.
Todo médium é uma criatura dotada de
certo grau elevado de sensibilidade.
Por decorrência, esta particularidade, que
no fundo é da própria essência da mediunidade, acaba por deixar o médium mais
suscetível, mais sensível à critica, à agressividade, tanto quanto ao elogio e à
bajulação.
É nesses momentos que precisamos estar muito atentos ao que sentimos, ao que falamos. Nestes
momentos é que a força e sabedoria das Entidades que nos guiam poderão se unir
a nós e possibilitar a junção de forças em busca de equilíbrio e aprendizado, e
que possamos neste momento lembrarmos de nossa condição de Médiuns Seres
Humanos, que se encontram em constante busca pela evolução.
Permita-se
manter o equilíbrio e harmonia de seus sentimentos; suas qualidades morais e
psíquicas não devem ser tomadas pela desordem emocional. Afinal de contas “um
instrumento desafinado não pode produzir fielmente, a melodia desejada”
Aos
companheiros de SEARA – um grande beijo.
Lissandro Silva - Médium da Casa
Poxa, Lissandro! Obrigada pelo belíssimo texto que, de certa forma, me ajudou entender algumas coisas.
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