Antes, gostaria de explicar, prá quem não sabe, que o termo 'escrevinhar', usa-se quando os escritos não tem maiores compromissos e, principalmente, quando se escreve por prazer, soltando as palavras no papel (ou no computador) como elas se apresentam.
" Já
faz muito tempo que eu escrevo e antes eu me perguntava, sem qualquer resposta,
de onde vinham aquelas coisas que eu escrevia.
Não
foram raras as vezes que eu precisava escrever algo, profissionalmente, já que
sou jornalista, e não conseguia fazer com que meu texto fluísse. Nestas
ocasiões, um fenômeno ocorria: eu adormecia e, no meio da noite, acordava com o
texto todinho pronto, do título ao ponto final.
Tinha
que correr para o computador, ou mesmo para o papel e caneta, com medo de perder
aquele “insite” noturno. Passei a dormir com um bloco e caneta ao meu lado.
Mas,
para além dos meus textos profissionais, com frequência me vinham outros
conjuntos de palavras, sobre temas diversos. E eu tinha que escrever.
Foi
a partir disso que eu resolvi criar um blog para juntar todas as minhas
manifestações escritas, embora, muitas vezes, eu desconfiasse que aquelas
manifestações não eram minhas. Aliás, fico bastante irritada quando algumas
pessoas tentam fazer adivinhações sobre supostas situações e/ou estado de
espírito que eu possa estar vivendo, com base no que escrevo no blog.
Pensando
nisso, tratei de colocar um aviso no blog, mesmo sabendo que os “enxeridos” não
vão ler, porque, quem se prende ao disse-me-disse, não está preocupado com o
fato e a verdade. Mesmo assim, o aviso está lá: “Às vezes eu escrevo na primeira
pessoa falando de outras pessoas. Ou não. Noutras vezes escrevo na terceira
pessoa falando de mim. Ou também não. Escrevo invenções e ficções. Verdades e
fatos. Sensações e episódios. Acontecimentos irreais. Lembranças do que nunca
aconteceu. Falo de mim, de ti, de ninguém. Nem eu sou capaz de me decifrar pela
escrita, pois ela não segue um nexo. Quer vir comigo, vem sem ajuizamento, para
não incorrer no erro da frustração. Escrever é a minha viagem, a minha fantasia,
a minha droga, o meu vício”.
Tentei
definir o que, para mim, é a “arte” da escrita, afirmando que escrever é
exteriorizar a angústia que me sufoca em palavras. Escrever é traduzir a loucura
dos versos, das expressões, dos vocábulos que bailam na mente e forçam a porta
de saída. Expressar é imprescindível aos escrevedores. Eu sou escrevedora de
coisas, de percepções, de ideias, de sonhos, de fantasias, de vontades, de
prosas, de amores, de minhas crenças, verdades e irrealidades. E revelo as
doidices que debelam meus pensamentos no meu blog.
Há
algum tempo comecei a entender que, talvez, eu pudesse ser um instrumento para
que “alguém” pudesse se manifestar. Entender, é modo de dizer. Comecei a
desconfiar, na verdade. Tudo é muito confuso na minha cabeça de aprendiz das
coisas que vão além da matéria.
E
no meio desta confusão, um outro texto foi fluindo de meus dedos no teclado do
computador, vindos sei lá de onde...
O
texto se chamou de “bloco de notas” e eu acho que ele, de certa forma, era uma
espécie de explicação para mim mesma. Gostaria que outras pessoas, médiuns mais
experientes, me ajudassem nesta compreensão. O texto diz o seguinte:
- Às
vezes eu nem quero escrever, mas aí, vem ela (ou ele, não sei) e sopram no meu
ouvido coisas desconexas ou cheias de nexo. Ficam brincando de ditado e as
palavras começam a fluir, fazendo festa e bagunçando a minha mente, me obrigando
a compor anotações.
Acho
que ela (ou ele, não sei) me transformou em instrumento de trabalho. Manipulam
minha mente, jogando lá coisas que me compelem a manifestar. E se não manifesto,
as palavras desvairadas me atormentam.
Não
sei fazer música, mas, acho que o João Nogueira expressou em “O Poder da
Criação” como eu sinto quando as palavras, frases, textos inteiros vem chegando
em mim. “Chega nos angustiar”...
Quem
cria não sou eu. Eu sou apenas o fio condutor dela (ou dele, não sei... ou delas
e deles) para enviar missivas desconexas ou cheias de nexos.
Quem
cria não sou eu. Sou apenas o bloco de notas.
Sônia
Corrêa
Brasília,
26 de março de 2013. "
Respondi a minha amiga, dizendo que toda inspiração vem
do mundo espiritual, seja ela para compor músicas, versos, textos, ou mesmo pra
compor uma ação, solitária ou conjunta.
Claro que temos os
nossos próprios arquivos de memória que, unidos à inspiração, dão o formato
final.
E quem nos
inspira?
Pode ser um amigo
espiritual, ou mais de um talvez, comprometido(s) com ela neste processo.
Pode ser uma memória de vidas passadas, que aflora de repente, até mesmo durante o sono físico
(mais fácil ainda), comprometida consigo mesma.
Como jornalista e
militante política, ela é formadora de opinião, veio com esta missão, de
informar, questionar, direcionar mentes e ações.
O compromisso é
grande e ninguém faz isso sozinho.
Ximplex axim, como
diria o Mestre Joaquim rsrsrsrs
A manifestação atraves da escrita, sim estar sendo ação direta de nossos guias no que tange a CRIAÇÃO, mas nao vejo suas açoes somente neste caso, muitas vezes tambem estao junto para nos dar vazao ao que queremos dizer, ora uma ora outra situação; o importante mesmo é se permitir e cumprir com seu dever que seja atraves da escrita que possa nos proporcionar momentos de relfexão e aprendizado!
ResponderExcluirAchei 10!
Abraço
Lissandro