por Cândida Camini
Era noite de estudos e desenvolvimento mediúnico.
O tema abordado era “Desobsessão” e/ou “Encaminhando
espíritos necessitados de auxílio”
Como de praxe, após uma hora e meia de teoria, iniciamos a
prática, onde os médiuns de passagem iniciaram a incorporação destes espíritos.
Enquanto o trabalho se desenrolava, percebi que não estava
só e, imediatamente, a entidade que me acompanhava começou a andar pelo salão,
com a mão espalmada no meu peito, batendo de leve e emitindo um som que, num
primeiro momento, me lembrou ‘vento’ (mas não era Iansã). O som era mais ou
menos assim: schhhh schhhh schhhh schhhh.
Vez por outra se aproximava de um dos grupos de trabalho e
auxiliava no atendimento.
Eu, dentro de mim, me perguntava quem era aquele espírito,
que nunca havia sentido antes (pelo menos não desta forma). “Preciso perguntar
depois ao Pai Joaquim” pensava eu.
Ao término da prática, ela sentou-se num banquinho e se
apresentou (que perguntar ao Pai Joaquim que nada rsrsrsrs).
Era Maria Redonda, a Preta Velha que trabalha comigo.
Levei um susto, como assim?
E ela então explicou que este é um dos trabalhos que ela faz
no astral, ou seja, auxilia o resgate dos pequenos que se encontram perdidos.
Os mesmos vão sendo reunidos em uma espécie de Colônia de Socorro, próxima da
Terra e, no momento certo (numa reunião como a daquele dia, por exemplo), são
encaminhados.
Mas fez questão de ressaltar, que não só os pequenos de
idade (crianças, a maioria), mas também os pequenos em evolução.
Neste momento lembrei-me de um atendimento onde ela comentou
com o rapaz que conversava com ela das vezes em que foi até ‘lá embaixo’
buscá-lo, trouxe-o de volta, praticamente no colo, e ele nem percebeu que era
ela. Mas neste dia achei que era uma situação específica, nunca imaginei que
este era o trabalho dela. Eu sabia, por exemplo, que ela cuidava de crianças
enfermas, mas não tinha ideia que eram, principalmente, crianças desencarnadas.
E então, lembrando de algumas situações que ocorreram
durante a prática, me dei conta que realmente muitas manifestações eram de
crianças. Em uma delas, um espírito feminino deu à luz, literalmente, durante o
atendimento. Uma mãe, que desencarnou prestes a dar a luz, permanecia, em
espírito, em simbiose com seu bebê, como se grávida ainda estivesse.
Outros médiuns presentes à reunião comentaram a presença de
muitas crianças sendo resgatadas.
Só aí compreendi que o som que ela emitia, era aquele chiado
característico que as mães fazem para acalmar seus bebês e que lembra um som
que o bebê escuta dentro do útero materno, durante a gestação.
Finalizando, Maria Redonda agradeceu a dedicação e a
predisposição dos médiuns para este importante trabalho e, emocionada,
despediu-se, indo cuidar de seus pequenos.
Resolvi contar esta história porque ontem, antes da Gira com
o Povo do Oriente, a Luciana, médium da casa e que estava presente à reunião,
nos presenteou com esta imagem, justamente para que sempre nos lembrássemos
deste lindo trabalho.
Luciana, mais uma vez, Gratidão!
Maria Redonda, todo meu respeito e o meu amor!
Axé!
Como não se emocionar com esse relato?? Gratidão sempre, sempre e sempre!! 🌟❤️
ResponderExcluirEntão, Rafa, ela me pegou meio que de surpresa com esta história linda. Cada vez respeito e amo mais esta Nêga!
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