por Cândida Camini
Faz algum
tempo que o Natal mudou pra mim.
Dos
primeiros, lá na infância distante (ops, nem tanto, rsrsrsrs), lembro quase
nada.
Na
verdade, lembro apenas de uma boneca, com berço e tudo, que ganhei dos meus
pais, berço este de vime e enfeitado com tecido e fitas, pela minha mãe; e de
uma outra boneca, de pano, com vestido longo, na verdade eram duas em uma. De
um lado, loira; virava, pretinha. Acho que veio do Rio de Janeiro, da tia Flora
(guardo até hoje esta).
Mais
tarde, passando já da adolescência, era obrigatória a ceia em família, todos
reunidos, pais, filhos, noras, genros, famílias de noras e genros, netos.
Teve um
Natal, quando morávamos na Rua João Guimarães, que sobre a cama de casal da mãe
tinham enfileirados quatro ou cinco bebês (se não errei na conta): Diego,
Tatiana, Amanda, e acho que tinha também o Rodrigo e o Marcelo.
Era uma
grande festa. Éramos felizes!
Sob a
árvore de natal não cabiam tantos presentes (não sabíamos o que era crise).
E no Ano
Novo, estávamos todos reunidos novamente. Mais festa!
Depois
que meus pais mudaram de plano, a família foi se dispersando.
Outros
caminhos, outros interesses, outros valores.
Sabíamos
claro, que estávamos comemorando o nascimento de Jesus e o que isto
significava.
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Minha mãe, Maria, natal de 2008 |
Não
lembro quando que passamos a rezar um Pai Nosso antes da Ceia, mas lembro bem
da expressão de fé de minha Mãe (que assim como a mãe de Jesus se chamava Maria) ao fazê-lo e quanto ela gostava deste ritual.
Não lembro a data exata, mas tenho certeza que foi depois que encontrei minha
fé na Umbanda.
Com o
tempo, fui me distanciando do ritual, da festa, dos presentes e me aproximando
mais do verdadeiro sentido do Natal.
Passou a
ser um dia de reflexões, de introspecção e alguns questionamentos, por que não?
O Natal
não mudou, mudamos nós.
Independente
do lugar, das pessoas, da ceia, dos presentes, que cada um possa ter sempre uma noite
de Natal repleta de amor, paz, encontros e sempre com a luz de Cristo
irradiando em seus corações.
Feliz Natal!
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