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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

No jardim do céu, brincam as crianças....


Estes dias uma amiga doou para a biblioteca de nossa Casa o livro de Lauro Trevisan, "Porque é que as pessoas felizes são felizes" e, como sempre faço antes de colocá-lo à disposição dos leitores, dei uma lida e me deparei com este texto, que me fez lembrar imediatamente da Falange de Cosme e Damião na Umbanda. 
Guardei com carinho para dividir com vocês neste dia, quando todos os Umbandistas se tornam um pouco crianças também, confraternizando com estes pequenos que enchem o Terreiro de amor e alegria quando chegam.

Dedico especialmente à Mariazinha,  a popular Marsch (apelido que ganhou quando pela primeira vez senti sua vibração numa festa infantil, ao encher a boca de marschmallow, doce que eu definitivamente não gosto).
A maioria das pessoas que a conhecem, provavelmente nem sabem seu nome, pois todos a chamam carinhosamente de Marsh. E quando alguém pergunta o seu nome ela responde, faceira: Mariazinha Marschmallow (adoro!) e ainda explica porquê tem nome e 'sobrenome' !
Só tenho a agradecer a ela por ter reacendido algumas destas velas no meu coração.
Segue o texto, para reflexão de todos os adultos estressados, amargurados, inconformados, que venham participar da nossa festa, neste sábado, 29/9, das 15h às 17h e reaprender a ser feliz! E depois desta experiência, olhem para suas crianças com mais amor, paciência e respeito. Olhem para sua criança interior e permitam que se acendam novamente estas velas.

Segue o texto:

O ser humano nasceu com muitas velas acesas no coração.
Quando era criança, a vela do amor brilhava tanto que as pessoas, ao seu redor, ficavam fascinadas e abraçavam-no e beijavam-no com um carinho inebriante.
Havia também a vela da felicidade, verdadeiro sol resplandecente. Toda a gente exclamava: "Como é belo ser criança!" Um grande sábio, de origem extraplanetária, vendo aquela luz tão bela, proclamou: "É preciso ser como a criança!"
Lá estava, ainda, a arder com uma luz irradiante, a vela da alegria. A luz desta vela celebrava a festa da vida e todos adoravam estar com a criança, que os fazia rir à vontade.
Uma outra vela ocupava um lugar de destaque no seu coração: a vela da fé, que emanava uma luz intensa, quase ofuscante. Com a luz dessa vela, a criança confiava em tudo e em todos.
Não era possível deixar de prestar atenção a uma outra vela de luz aconchegante, que se consumia transmitindo algo transcendental: era a vela da espiritualidade. A sua luz mostrava Deus dentro do seu coração.
Mais para o outro lado do coração, ardia uma vela que recendia um perfume especial. Era a vela da paz, que fazia a criança dormir serenamente e ter o coração tranquilo.

A criança foi crescendo, crescendo mais ainda, com vontade de conquistar a vida e o mundo. Corria veloz pelas ruas, pelos estádios, pelos clubes, pelas escolas; amava sofregamente; trabalhava desmedidamente a fim de acumular bens que acenavam para um futuro abundante. E as velas foram sendo esquecidas.
A vela do amor ficou sufocada pelas desilusões e mágoas e apagou-se. A vela da felicidade não resistiu aos ventos impetuosos. A vela da alegria foi definhando e extinguiu-se. A vela da fé perdeu a sua luz. A vela da espiritualidade foi apagada e substituída pela matéria opaca e rígida. A vela da paz ficou sozinha e não resistiu.
Já maduro, o homem, certa vez, contemplou a sua vida, o seu passado, e percebeu que a sua escuridão interior estava apenas vagamente iluminada por uma velinha abandonada no fundo do coração: a vela da esperança ainda permanecia acesa.
0 homem fixou o olhar naquela vela e a sua mente foi entrando na chama trêmula. De repente, sentiu que a sua vida poderia ter significado. Olhou ao seu redor e viu, com pena, as outras velas apagadas, minguadas, em resignado silêncio. Lembrou-se de como era tudo melhor quando elas iluminavam o seu coração.
Teve, então, uma inspiração. Pegou na vela acesa da esperança e, com ela, acendeu todas as outras. 0 seu coração passou a brilhar novamente.
Desde aquele momento, o homem voltou a ser feliz.
Não importa quantas velas estejam apagadas dentro de si, também não se perturbe se o seu coração jaz na escuridão da vida, sem rumo, descrente de tudo e de todos.
Pegue nessa vela e acenda novamente todas as outras. Você precisa apenas disso para ser feliz. "


Que a energia desta Falange maravilhosa de Cosme e Damião possa envolver a todos e, de modo especial, àqueles que não compreendem, não aceitam e discriminam tanto a nossa fé, utilizando-se de uma coisa tão pura como é a alma de uma criança para semear a discórdia e o medo. Que nosso Pai Maior, assim como todos nós, Umbandistas, tenha piedade e perdoe.

Salve as Crianças!



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