“O céu é o meu teto, a terra é minha pátria
e a liberdade é minha religião”
Por não existir uma história escrita, a origem dos povos ciganos é baseada em hipóteses, e a mais aceita é que são provenientes da India Antiga, com base em certos fatores, tais como: similaridades da língua falada por eles, o “romani”, com o sânscrito, tez escura, uso de vestes coloridas com adornos, certos costumes, crenças e alguns dados genéticos.
Esse nomadismo foi um modo de preservarem suas tradições, visto que, se criassem raízes e se miscigenassem, o povo cigano seria destruído. Assim, êles não têm pátria. Pertencem ao mundo. Seu lema é: “O céu é o meu teto; a terra é a minha pátria e a liberdade é a minha religião”..
São chamados “povos das estrelas” porque para eles tudo está escrito nas estrelas, sendo atentos observadores do céu e dos astros.
Estudando os astros e possuindo dom para desvendar os milenares segredos do universo, transmitidos de geração em geração, tornaram-se hábeis nas artes adivinhatórias.
Justamente pela prática da magia, pelo seu nomadismo e pela falta de uma identidade nacional, sempre sofreram preconceitos e injustiças no seu caminhar, tendo sido perseguidos, expulsos, escravizados e mortos, podendo-se mesmo dizer que o mais admirável nesse seu deslocamento pelo mundo foi o fato de terem sobrevivido até os nossos dias.
Os grupos de ciganos, formados por diversas famílias, possuem um profundo sentido de união
e solidariedade.
Escolhem um chefe vitalício que os representa junto a uma espécie de tribunal, o “krisromani”, reunido em ocasiões especiais para, dentro de suas próprias leis de ética e justiça, resolver os problemas e aplicar as punições.
Os ciganos casam-se cedo, sendo as meninas prometidas desde pequenas entre famílias geralmente do mesmo grupo ou subgrupo.
Uma mulher cigana não pode casar-se com um homem não cigano, sob pena de expulsão.
É possível, porém, o casamento de um cigano com uma mulher não cigana, desde que ela se submeta às regras e tradições ciganas.
As mulheres ciganas sempre fascinaram por sua beleza mística e perturbadora, pois nelas tudo é envolvente e ardente: seu andar, dançar, olhar e enfeitiçar.
Enquanto seus maridos , para o sustento da família, dedicam-se a antigas profissões artesanais, ensinadas desde cedo a seus filhos, elas também sempre contribuiram economicamente com a leitura da sorte.
Usam saias compridas e rodadas, são proibidas de cortar os cabelos, as casadas usam lenços nas cabeças e jamais sentam à mesma mesa com os homens.
O povo cigano é cheio de energia e passionalidade, canta e dança tanto na alegria como na tristeza, pois para o cigano a vida é uma festa.
Nas suas celebrações em torno das fogueiras acesas e barracas multicoloridas montadas ao ar livre (mesmo no fundo dos quintais dos que atualmente residem em casas), não faltam as músicas, danças, orações, vinhos e comidas.
A sua música e dança possui forte influência oriental, porém a influência maior foi, sem dúvida, a espanhola, dando origem ao flamenco, canto e dança dos ciganos andaluzes, marcado pelo ritmo quente de palmas, batidas dos pés, gritos e toques de castanholas.
Atualmente o modo de vida cigano mudou consideravelmente, pois muitos moram em casas, frequentam universidades, ocupam importantes cargos, etc. Já não viajam em enfeitadas carroças puxadas por cavalos, mas sim em modernos automóveis. Como em todos os povos, alguns são ricos, outros pobres, uns instruídos, outros não, muitos de boa índole, outros nem tanto, porém todos, sem exceção, jamais perderão a sua alma cigana.
Optchá!
(texto retirado de um power-point que recebi, sem menção ao autor)
Optchá!
(texto retirado de um power-point que recebi, sem menção ao autor)
Gosto muito dos ciganos!
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