Por: Cândida Camini
Alguém consegue dimensionar a dor de uma mãe, que tem
arrancado de seus braços o filho que acabou de parir e levado sabe Deus pra
onde?
E se forem vários filhos, em seqüência, um após outro?
Obrigadas a gerar e parir seus filhos ao bel prazer de seus
algozes, em condições sub-humanas nas senzalas, às negras escravas restava orar
a Zambi para que cuidasse deles por elas e esperar pacientemente pelo dia em
que iriam reencontrar-se em uma de suas moradas.
Imagina então ver o filho sucumbir no tronco, o corpo
lanhado pelo chicote do feitor, que batia sem dó, antes pelo contrário, com
prazer de ver um negro sangrar até morrer.
E ainda, com todo o amor do mundo, amamentar e embalar o
filho da Sinhá.
Mãe Preta!
Quanta dor, quanta resignação, quanto amor!
Mais tarde , na Umbanda, elas retornaram à face da Terra, em
espírito, incorporadas em seus cavalos, e continuaram distribuindo amor,
ensinando com seu exemplo o que significa amar incondicionalmente e nos dando
colo, como faziam com os filhos da Sinhá.
E aqui elas se apresentam: Mãe e Vó Maria, Vovó Maria
Redonda, Mãe Maria Preta, Maria Conga, Vovó Catarina, Mãe Preta Serafina e
tantas outras.
Fica aqui nossa homenagem, nosso amor, não só a elas, mas a
todas as mães da Umbanda, a todas as mães de todos os mundos habitados.
Parabéns por tudo o que foi dito em relação as mães pretas, nos ensinando a amar incondicionalmente. Fiquei muito emocionada, e recebi como lição. bjs. Neiva.
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