O hábito de visitar os mortos, como se o
cemitério fosse sala de visitas do Além, é cultivado desde as culturas mais
remotas. Mostra a tendência em confundir o indivíduo com seu corpo.
Há pessoas que, em desespero ante a morte
de um ente querido, o "VISITAM" diariamente. Chegam a deitar-se no túmulo.
Desejam estar perto do familiar.
Todos os espiritualistas, acreditam na existência e
sobrevivência do Espírito. Obviamente, o ser etéreo não reside no cemitério.
Muitos preferem dizer que perderam o
familiar, algo que mostra falta de convicção na sobrevivência do Espírito. Quem
admite que a vida continua jamais afirmará que perdeu alguém. Ele simplesmente
partiu. Quando dizemos "perdi um ente querido", estamos registrando sérios
prejuízos emocionais. Se afirmarmos que ele partiu, haverá apenas o imposto da
saudade, abençoada saudade, a mostrar que há amor em nosso coração, o sentimento
supremo que nos realiza como filhos de Deus.
Em datas significativas, envolvendo
aniversário de casamento, de morte, finados, Natal, Ano Novo, dia dos Pais, dia
das Mães, sempre pensamos neles.
COMO PODEMOS AJUDAR OS QUE PARTIRAM ANTES
DE NÓS? Envolvendo o ser
querido em vibrações de carinho, evocando as lembranças felizes, nunca as
infelizes; enviando clichês mentais otimistas; fazendo o bem em memória dele,
porque nos vinculamos com os Espíritos através do pensamento.
Além disso, orando por ele, realizando
caridade em sua homenagem, tudo isso lhe chegará como sendo a nossa contribuição
para a sua felicidade; a prece dá-lhe paz, diminui-lhe a dor e anima-o para o
reencontro futuro que nos aguarda.
PODEMOS CHORAR? Podemos chorar, é claro. Mas saibamos
chorar. Que seja um choro de saudade e não de inconformação e revolta. O choro,
a lamentação exagerada dos que
ficaram causam sofrimento para quem partiu, porque eles precisam da nossa prece,
da nossa ajuda para terem fé no futuro e confiança em Deus. Tal comportamento
pode atrapalhar o reencontro com os que foram antes de nós. Porque se eles nos
visitar ou se nós os visitarmos (através do sono) nosso desequilíbrio os
perturbará. Se soubermos sofrer, ao chegar a nossa vez, nos reuniremos a eles,
não há dúvida nenhuma.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO CORPO
FÍSICO? O corpo físico é
patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espírito nas suas
variadas reencarnações. É com
ele que o Espírito pratica seus
conhecimentos e vive experiências necessárias, melhorando-se dia-a-dia. Assim,
devemos ter para com nosso corpo um carinho e uma atenção especial, zelando e
ofertando-lhe o que de melhor a natureza pode lhe dar. Daí o necessário repúdio
as drogas, desde as mais simples, como o cigarro e a bebida alcoólica, até as
mais graves; daí também o cuidado com a higiene; com a alimentação e os
sentimentos equilibrados, enfim, com a saúde do corpo.
ENTÃO OS ESPÍRITAS NÃO VISITAM O
CEMITÉRIO? Nós espíritas não
visitamos os cemitérios, porque homenageamos os “vivos desencarnados” todos os dias. Mas a posição da Doutrina
Espírita, quanto as homenagens (dos não espíritas), prestadas aos
"MORTOS" neste Dia de Finados, ao contrário do que geralmente se pensa, é
favorável, DESDE QUE SINCERAS E NÃO APENAS CONVENCIONAIS.
Os Espíritos, respondendo a
perguntas de Kardec a respeito (em O Livro dos Espíritos), mostraram que os
laços de amor existentes entre os que partiram e os que ficaram na Terra
justificam esses atos. E declaram que no Dia de Finados os cemitérios ficam
repletos de Espíritos que se alegram com a lembrança dos parentes e amigos. Há
espíritos que só são lembrados nesta data, por isso, gostam da homenagem; há
espíritos que gostariam de serem lembrados no recinto do lar. Porque, se ele
desencarnou recentemente e ainda não está perfeitamente adaptado às novas
realidades, irá sentir-se pouco à vontade na contemplação de seus despojos
carnais; Espíritos com maior entendimento, pedem que usemos o dinheiro das
flores em alimento aos pobres. Portanto, usemos o bom senso em nossas
homenagens. Com a certeza que ELES VIVEM. E se eles vivem, nós também viveremos.
E é nessa certeza que devemos aproveitar integralmente o tempo que estivermos
encarnados, nos esforçando para oferecer o melhor de nós em favor da edificação
humana. Só assim, teremos um feliz retorno à pátria espiritual.
Fonte: http://grupoallankardec.no.comunidades.net/index.php?pagina=1722324882
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