AVISO IMPORTANTE:

* Nossa casa fica em Porto Alegre (RS), Av. 21 de Abril, 1385, Vila Elizabeth, Bairro Sarandi. * Dia 4/3/23 não haverá Gira (trabalho externo) * Dia 11/3/23 voltamos ao horário normal das Giras de Pretos Velhos, aos sábados, 15h

terça-feira, 21 de maio de 2013

Relato de atendimento com desdobramento consciente

A Anne faz parte da corrente mediúnica de nossa Casa desde março de 2012. Dia destes, foi chamada a auxiliar no atendimento a um consulente e, tão maravilhada ficou, que resolveu dividir conosco sua experiência. Segue o texto:


O amor realiza maravilhas!
Por: Anne Belottih

Era gira de Pretos Velhos e Vovó Catarina (Preta que trabalha com a médium Eduarda), que atendia um moço, me chamou:

- Pega um toco neguinha, que nêga véia vai prixijá da xinhóra.

Falou-me que seria um trabalho diferente do que estamos habituados a fazer durante os atendimentos em dia de giras, mas não tinha idéia do quanto seria bonito e o tamanho do aprendizado.

Logo que me sentei, a nega avisou que primeiro me levaria a um dos locais de trabalho do consulente, onde ela percebera haver algum tipo de demanda pra ele. Através do desdobramento consciente, fui levada a este lugar e percebi que se tratava de uma "sala" que foi plasmada no local de trabalho dele. Quando cheguei, tudo estava muito escuro, só conseguia ver algumas velas vermelhas e junto a elas uma espécie de alimento redondo e vermelho, muito parecido com uma maçã muito grande.
Lembrando que quando vamos desdobrados a qualquer lugar, sempre somos acompanhados por amigos espirituais que trabalham na nossa Casa, nos conduzindo, orientando e protegendo.
A nêga pediu para que os amigos espirituais acendessem as luzes deste local para que eu pudesse perceber o que acontecia ali. Mesmo com as luzes acesas, as paredes continuavam muito escuras. Percebi que quem comandava a demanda encomendada ao consulente tentava se esconder por detrás delas.
Imediatamente o mesmo foi atraído ao Terreiro e, incorporado em mim, a nêga pode conversar com ele. Meio a contragosto, revelou que em uma de suas vidas fora um general, acostumado aos mandos e desmandos da época. Ao desencarnar, viu-se logo escravizado por uma das falanges do submundo astral e desde então só faz obedecer ordens, diferentemente de quando estava encarnado. Não foi difícil perceber a sua contrariedade com a atual situação e convencê-lo a abandonar a demanda e seguir nossos amigos espirituais.
Enquanto conversávamos com ele, uma equipe providenciava a limpeza energética do local de trabalho do rapaz.
Logo a nêga me comunicou que iríamos à residência do moço, onde muitos espíritos necessitados de ajuda lá estavam, mas que iríamos encaminhá-los de uma outra forma, sem a necessidade do choque anímico (incorporação), pois eram muitos. Eu iria auxiliar com a doação de energia vital (ectoplasma que só os encarnados possuem) para que pudessem resgatá-los e encaminhá-los ao hospital da Colônia Luz de Aruanda, ligada à egrégora* do nosso Terreiro.
Assim que chegamos à frente da casa do consulente, percebi novamente a presença dos amigos espirituais da equipe da Casa, incluindo alguns soldados e guardiões. Senti-me como se estivesse dirigindo aquele trabalho e, estranhamente, me vi diferente, a fisionomia, as roupas brancas e simples.
Dentro da casa, como eram muitos espíritos enfermos, abriu-se um ‘portal’ muito claro, partindo do chão em direção ao infinito, como um tubo de luz muito intensa. Os enfermos eram encaminhados a estes tubos, onde eram estabilizados energeticamente pelos espíritos socorristas que nos auxiliavam neste trabalho, e desapareciam, como que sugados pelo portal.
Enquanto isso, a nêga pediu para que eu colocasse em alguns pontos da casa uma série de ‘pontos de luz’ semelhantes a pequenos cristais redondos. Imediatamente me vi de posse de uma bolsa de pano branca, de um tecido muito simples que, quando aberta, revelou-me estar cheia destes cristais.
Distribuí alguns à equipe que nos auxiliava na limpeza energética da residência, indicando onde deveriam ser colocados, ou seja, em cada canto de cada um dos cômodos da casa, de modo que ficassem interligados. Enquanto isso, eu ia fechando os circuitos entre os pontos, finalizando a proteção.
Em seguida, solicitei o auxílio dos elementares da terra, os gnomos e elfos, que iam colocando verde por tudo. No chão, uma grama muito fofa e cheirosa, nas paredes, plantas trepadeiras, flores perfumadas por toda parte. Dava para sentir muito intenso o cheiro do mato e das flores, aquele ar puro que enche o coração e a alma com as energias mais puras e belas.
De repente, uma elfa postou-se bem a minha frente. Embora não consiga lembrar exatamente das palavras que ela usou, sei que se apresentou para mim, falou de como era o seu trabalho e do que eles iriam fazer naquele momento, para finalizá-lo.
Logo percebi que estavam colocando uma espécie de amuleto em cima das portas, com a função de bloquear temporariamente a entrada das energias negativas na casa. Digo temporariamente, pois qualquer auxílio do mundo espiritual aos encarnados é limitado pelo livre arbítrio de cada um.
Também nas portas de entrada foram colocadas cortinas de energia, como cascatas luminosas, com o objetivo de promover a limpeza energética das pessoas que por ali passassem.
Terminado o trabalho, voltamos ao Terreiro, pois a nêga me informou que os últimos espíritos enfermos já haviam sido encaminhados e nossa missão por ali havia terminado.
Senti-me maravilhada e grata pela oportunidade de participar de um trabalho tão bonito e de tanta importância no auxílio a um consulente.
Grata por tudo que vi, por ter aprendido novas formas de trabalho, conhecido novos equipamentos, como o tubo de energia para o transporte dos espíritos enfermos, coisa que sequer poderia imaginar.

Realmente não tenho palavras para explicar o quão importante foi esse trabalho para mim, assim como tantos outros que tive oportunidade de realizar nesta casa e espero que tenha a oportunidade de ajudar cada vez mais!
Para terminar, só tenho a agradecer aos médiuns, amigos e tanto aos meus protetores quanto aos da casa por me proporcionarem momentos como estes e por estarem sempre junto de nós. Agradeço principalmente aos protetores porque além deles ajudarem muitos amigos, nos auxiliam a crescer espiritualmente e como pessoas, e nos dão todo conforto, carinho e amor que necessitamos!
Mais uma vez muito obrigado e fiquem com o amor de nosso Pai Oxalá!

*egrégora – energia gerada por um grupo de pessoas reunidas com o mesmo objetivo e que, no caso da Umbanda, sustenta os trabalhos da corrente mediúnica.



sábado, 11 de maio de 2013

Feliz Dia das Mães!


Por: Cândida Camini

Alguém consegue dimensionar a dor de uma mãe, que tem arrancado de seus braços o filho que acabou de parir e levado sabe Deus pra onde?

E se forem vários filhos, em seqüência, um após outro?

Obrigadas a gerar e parir seus filhos ao bel prazer de seus algozes, em condições sub-humanas nas senzalas, às negras escravas restava orar a Zambi para que cuidasse deles por elas e esperar pacientemente pelo dia em que iriam reencontrar-se em uma de suas moradas.

Imagina então ver o filho sucumbir no tronco, o corpo lanhado pelo chicote do feitor, que batia sem dó, antes pelo contrário, com prazer de ver um negro sangrar até morrer.

E ainda, com todo o amor do mundo, amamentar e embalar o filho da Sinhá.

Mãe Preta!

Quanta dor, quanta resignação, quanto amor!

Mais tarde , na Umbanda, elas retornaram à face da Terra, em espírito, incorporadas em seus cavalos, e continuaram distribuindo amor, ensinando com seu exemplo o que significa amar incondicionalmente e nos dando colo, como faziam com os filhos da Sinhá.

E aqui elas se apresentam: Mãe e Vó Maria, Vovó Maria Redonda, Mãe Maria Preta, Maria Conga, Vovó Catarina, Mãe Preta Serafina e tantas outras.

Fica aqui nossa homenagem, nosso amor, não só a elas, mas a todas as mães da Umbanda, a todas as mães de todos os mundos habitados.