Na Umbanda é comum encontrarmos nossos amados Pretos e Pretas Velhas, assim como alguns Caboclos, atendendo com um galho de arruda na mão, ou atrás da orelha (ou os dois). Rei Congo e Ogum Rompe Mato, em nossa casa, trabalham com um galho de pitangueira; Vovó Maria prefere a Guiné e Pai Joaquim costuma usar arruda, guiné e alecrim juntos, em suas benzeduras.
Aqui mesmo no blog, já postei um vídeo "Por quê a arruda funciona" que explica a atuação desta poderosa erva em nosso campo energético.
Bastante comum também são as recomendações de banhos de ervas, principalmente para descarrego (limpeza) e energização.
Infelizmente hoje em dia as pessoas perderam muito de seu contato com a natureza e com a magia e poder das ervas, o que as priva de desfrutar dos seus benefícios.
Considerando-se que nossos corpos são um aglomerado de energias e que nos vegetais encontramos toda sorte de princípios energéticos potencialmente ativos, é natural que nos beneficiemos deles para nos reequilibrarmos.
A energia vital que nos sustenta não vem somente dos alimentos que ingerimos, mas também do ar que respiramos e das energias que são absorvidas pela nossa aura, ou campo energético. E é justamente aí que as as plantas agem.
Em nosso dia a dia, convivemos com diversos tipos de pessoas, em ambientes diversos e, querendo ou não, acabamos por absorver as energias que circundam estes ambientes e pessoas. Sem contar aquelas geradas pelos nossos próprios pensamentos e atitudes. Como ninguém é perfeito, do contrário não estaríamos juntos neste Planeta que ainda é de provas e expiações, sentimentos como raiva, irritação, medo, tristeza acabam por sugar nossa energia vital.
Com o tempo e a falta de cuidado com nossos pensamentos e atitudes, perdemos nossa capacidade de absorção desta energia vital.
É aí que vem em nosso socorro a natureza pródiga de frutos, folhas, sementes e raízes, auxiliando-nos a recompor nossa aura, equilibrando sentimentos e emoções e eliminando as energias negativas acumuladas.
Queremos aqui deixar claro que não é porque se tratam de elementos naturais que podemos usar indiscriminadamente. Tudo em excesso é prejudicial, até mesmo quando utilizamos os recursos da natureza.
Abusar dos banhos de descarrego pode acabar por nos deixar desvitalizados, tendo efeito contrário.
Receita simples de banho de ervas: arruda e guiné (limpadoras), alecrim, manjericão, hortelã e canela em pau (energizadoras, equilibrantes), folhas de pitangueira (potencializa o efeito das demais ervas). Acrescente água fria e amasse bem com as mãos até que a água tenha absorvido bem o princípio ativo das plantas (cerca de 5 minutos). Deixe descansar por mais 10 minutos e use após o banho de higiene, do pescoço para baixo.
Não é necessário muita quantidade de ervas. Algumas folhas de cada são suficientes e água suficiente para que possa ser utilizado em todo o corpo.
Embora a ação das primeiras ervas seja contrária a das demais, elas atuam separadamente em nosso campo energético, primeiro limpando e por último, energizando.
Outro fator importante: ao preparar e tomar o banho de ervas, mentalize sentimentos de humildade e gratidão , através de uma simples prece, agradecendo e pedindo à Mãe Natureza que abençoe este banho, que ele limpe e equilibre sua aura, devolvendo o ânimo e a coragem para seguir na sua trajetória terrena.
Outras ervas podem ser adicionadas ao banho, de acordo com a necessidade de cada um, mas isto lembre-se de perguntar a um Preto ou Preta Velha a próxima vez que sentar no toco prá conversar. Eles sabem, melhor do que ninguém, do que você precisa, sem interferir no seu merecimento e no seu livre arbítrio.
Agô!